quarta-feira, 29 de abril de 2015

Capítulo 3-Asas à um sonho.


Notas iniciais do capítulo

Hey, voltamos! Meus capítulos serão voltados para Rose e Matthew e seguirá linhas mais... Doces e românticas, ao contrário (acho) da nossa Giulia.
Queria agradecer à Jennifer Longbottom por deixar o primeiro comentário na fic! Estou muito animada.
-_-
Link:

Burn, Ellie Goulding

https://www.youtube.com/watch?v=CGyEd0aKWZE

BOM CAPÍTULO!

A garota se sentou bufando para a primeira aula do ano. Feitiços. Estava com sono, mais do que o normal. Conjurou uma "segunda varinha" e prendeu o cabelo em um coque.
Passou os olhos pelos "colegas" da Grifinória e avisou com queria. Matthew, sentado ao lado de uma garoa ruiva que Rose reconheceu. Gina Weasley, se estivesse certa. Ela estava no "vagão fã-clube de Harry Potter" no dia anterior. Ela revirou os olhos. Não iria falar com ele, pelo menos, não com Gina ao lado dele.
Pensou no quanto aquilo soava egoísta e reprovou-se mentalmente.
Não percebia que encarava Matthew, que ele a encarava e que o professor já entrara na sala. Ela corou e se virou para a frente da sala.
(:::)
Para a grande sorte de Rose, teria a próxima aula livre.
Saiu da sala de Feitiços desejando um grande sol lá fora. Sentiu uma mão em seu ombro.
– Posso falar com você?
Se virou e se deparou com os olhos "cinza-escuros-azulados" de Matthew.
– Claro.
Os dois se afastaram da multidão de alunos e se encararam.
– Me desculpe.
A garota levantou a sobrancelha.
– Pelo o quê, exatamente?
– Por ter saído correndo do seu vagão ontem.
A garota riu. Matthew passou a mão pelos cabelos, talvez um pouco nervoso. Ele controlava bem as emoções.
– Está tudo bem, Matt... Bom, posso te chamar assim?
Ele sorriu.
– Pode, só não conte à minha irmã.
Ambos riram e Rose se dirigiu ao jardim.
(:::)
Rose se sentou sob a sombra de uma árvore solitária e abriu um caderno trouxa prateado sobre o colo. Pegou uma pena e molhou-a em tinta preta. Ela adorava o cheiro de tinta e caderno novo. Buscou a letra que tinha em mente há algum tempo. A "ideia primária" era péssima, mas, ser mudasse algumas coisas... Bom, era isso que ela achava, porque seus pais haviam adorado a música. Largou a pena, guardou o caderno e deitou-se na grama. Estava com vontade de cantar. Mas não sabia o quê. Enfim, minutos depois, decidiu por uma letra que fizera há uns seis meses, por aí.
We, we don't have to worry about nothing
'Cause we got the fire
And we're burning one hell of a something
They, they gonna see us from outer space, outer space
Light it up
Like we're the stars of the human race
Human race
When the lights turned down
They don't know what they heard
Strike the match, play it loud
Giving love to the world
We'll be raising our hands, shining up to the sky
'Cause we got the fire, fire, fire
Yeah we got the fire, fire, fire
And we gonna let it burn, burn, burn, burn
We gonna let it burn, burn, burn, burn
Gonna let it burn, burn, burn, burn
We gonna let it burn, burn, burn, burn
We don't wanna leave
No, we just wanna be right now
And what we see
Is everybody's on the floor acting crazy
Getting loco to the lights out
Music's on, I'm waking up, we stop the vibe
And we bump it up
And it's over now, we got the love
There's no sleeping now, no sleeping now (no sleeping)
When the lights turned down
They don't know what they heard
Strike the match, play it loud
Giving love to the world
We'll be raising our hands, shining up to the sky
'Cause we got the fire, fire, fire
Yeah we got the fire, fire, fire
And we gonna let it burn, burn, burn, burn
We gonna let it burn, burn, burn, burn
Gonna let it burn, burn, burn, burn
We gonna let it burn, burn, burn, burn
When the lights turned down
They don't know what they heard
Strike the match, play it loud
Giving love to the world
We gonna let it burn, burn, burn, burn
Burn, burn, burn, burn
Burn, burn, burn, burn
We can light it up, up, up
So they can't put it out, out, out
We can light it up, up, up
So they can't put it out, out, out
We can light it up, up, up
So they can't put it out, out, out
We can light it up, up, up
So they can't put it out, out, out
When the lights turned down
They don't know what they heard
Strike the match, play it loud
Giving love to the world
We'll be raising our hands, shining up to the sky
'Cause we got the fire, fire, fire
Yeah we got the fire, fire, fire
And we gonna let it burn, burn, burn, burn
We gonna let it burn, burn, burn, burn
Gonna let it burn, burn, burn, burn
We gonna let it burn, burn, burn, burn
When the lights turned down
They don't know what they heard
Strike the match, play it loud
Giving love to the world
We'll be raising our hands, shining up to the sky
'Cause we got the fire, fire, fire
Yeah we got the fire, fire, fire
And we gonna let it burn.
Ela fechou os olhos e respirou fundo.
– Posso me sentar?
A garota se assustou e se levantou.
– Professor? O que faz aqui?
– Vim respirar ar puro. - Ele disse, dando de ombros. Só agora Rose via sua aparência um tanto doentia.
O professor se sentou, seguido de Rose.
– O senhor não deveria estar em aula? - perguntou a menina, odiando cada centímetro de sua curiosidade.
– Na verdade não. Vim falar com você. É muito importante e não deve contar para ninguém.
– Nem para... - começou a garota, mas ela não chegou a completar.
– Ninguém! - ele repetiu.
A menina pensou um pouco.
– Está bem.
(:::)
A menina caminhou até a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas tranquilamente.
– Com licença professor Lockhart...
– Entre senhorita...
– Granger, senhor.
Ela caminhou até uma das poucas mesas vazias da sala e encarou o esqueleto de Dragão sobre sua cabeça.
– Onde estava na outra aula?
A menina ficou sem palavras. Estava lançando milhares de Avadas Kedavras em si mesma por dentro. Respirou fundo. Sentiu os vários pares de olhos dos colegas sobre ela.
– Eu me perdi. - disse. Mentia facilmente para professores e até para Hermione.
– Durante uma aula inteira?
O professor levantou a sobrancelha.
– Sim, eu... Simplesmente me perdi. Peço desculpas ao senhor.
– Cinco pontos à menos para a Lufa-lufa.
A garota afundou na cadeira ao ver o "quão severa era a punição". Ela sorriu para si mesma. Tinha matado aula. Tinha matado a segunda aula do ano.
Havia coisas no quadro que a garota pôs-se a copiar. Mas seus devaneios eram voltados à conversa que tivera com o professor de Estudo dos Trouxas. Ele queria uma banda. Uma banda! Ele nem sabia as asas que tinha dado aos sonhos da garota...
Enquanto ela sonhava e sorria, o garoto, do outro lado do castelo, pensava nela. Não conseguia pensar em mais nada. Só nela. Errou o ponto certo da poção, derrubou a poção na veste nova de Snape, derreteu sua colher e botou fogo em seu livro. Tudo por causa de Rose. Ela era que nem chiclete, grudava e não saía. Ele ficava pensando em seus cabelos claros, os olhos pensativos e sonhadores, sua facilidade para amizades... Claro que esses pequenos devaneios e deslizes na aula resultaram em menos vinte pontos para a Grifinória.
Matthew saiu daquelas aulas se xingando até o último fio de cabelo. Queria muito ter uma aula com a Lufa-lufa só para poder observá-la. Nem que fosse só isso, mas, parece que eles acham que Lufa-lufa não é importante o suficiente para ter aulas com a Grifinória.
(:::)
Na hora do almoço, Rose andou até a mesa da Grifinória.
– Harry?
O garoto levantou os olhos para a irmã da amiga.
– Ah, olá Rose.
– Oi... Ahn, você viu a Mione?
– Biblioteca, talvez. Se ela não estiver lá, eu não sei onde está.
– Obrigada, Harry.
A garota saiu em disparada. Já tinha matado uma aula mesmo. É. Ela não era nem um pouco parecida com a irmã.
Abriu as portas da biblioteca, fazendo o mínimo de barulho possível, ou seja, muito barulho.
– Ai meu Merlim, Rose! Isso é uma biblioteca!
– Olá para você também, Hermione.
– Desculpe. - Hermione olhou a irmã. - O que foi? Parece... Animada.
– Eu... Preciso conversar com você. E sei que depois vou me odiar por semanas pelo que estou fazendo agora, mas... Preciso contar.
Sentou ao lado da irmã e contou tudo. Tudo que sentia.
A irmã não respondeu nada e Rose, assim que terminou de falar, já se odiava por ter tido a ideia de falar com Hermione.
– Ah, esquece Mione, não deveria ter falado nada.
Ela disse, se levantando e indo embora antes que a irmã pudesse se manifestar.
(:::)
Os dois estavam em lados distintos do castelo, mas não paravam de pensar um no outro. Não queriam admitir isso. Os dois pensavam no quanto queriam uma aula juntos, nem que fosse uma única aula no ano inteiro. Ele pensou muito no que iria fazer em seguida, muito mesmo. Pegou uma pena, um pergaminho e escreveu para ela. Andou até o corujal, dando graças à Merlim, que sua coruja estava acordada ainda. Enrolou o pergaminho, prendeu nas "garras" da coruja cor de âmbar e soltou-a no fim de tarde.
A garota tentava compôr uma música em seu caderno prateado quando ouviu um barulho na janela. Ergueu os olhos e viu a coruja altiva cor de âmbar. Abriu a janela, pegou o pergaminho e colocou a coruja para dentro por conta do frio. A coruja piou e Rose fez um carinho em suas asas. A coruja pareceu agradecer o acolhimento da Lufana, que lentamente desenrolou o pergaminho.
"Você também vai estar na banda de Ted Gary?
– M.P -"
Rose sorriu e rabiscou uma resposta.
"É claro! Sou um Panda de Marshmellow, não sou?
P.S - Eu realmente escrevi isso? Ai meu Merlim, me desculpe, Matt. 
– R.A.G -"
Ela corou um pouco e entregou o pergaminho a coruja, que por sua vez, bicou seu dedo.
– Ai! Não tenho nada para você, infelizmente.
A coruja censurou-a com o olhar e saiu pela janela aberta.
Rose sentou na cama e sorriu, ignorando o dedo que sangrava um pouco. Matthew ia estar na tal banda...
Os dois contavam os minutos para o fim de semana, queriam saber quem estaria na banda também, afinal, uma banda não é feita com dois membros apenas. Pelo menos eles achavam que não.
Matthew pensou no resto de sanidade de sua família tinha enquanto lia a curta resposta de Rose. Panda de Marshmellow? Bom, porquê não? Porquê ele era um Parkinson, talvez. Porquê... Se não... Talvez ele fosse um Cachorro de Jujuba, um Leão de Chantily... Mas não. Ele era só Matthew. Se bem que, qual é o preço de um apelido?


Notas finais do capítulo

Se houver erros de português, me desculpem! Espero que tenham gostado. Desculpe o "excesso de doçura" do capítulo, como disse minha querida Giulia quando leu o capítulo pela primeira vez.
Obrigado por lerem!

Capítulo 2- A Raiva é Inimiga da Dor.

Notas iniciais do capítulo

Link da música Black Bird:
https://www.youtube.com/watch?v=6ao8gX7MoCU


The spark never lit up fire
(A faísca nunca acendeu o fogo)
Though I tried and tried and tried
(Embora eu tentei e tentei e tentei)
The wind came from your lungs
(O vento veio dos seus pulmões)
A hurricane from your tongue
(Um furacão da sua língua)
And I'll keep your secrets with me
(E eu vou manter os seus segredos comigo)
Right behind my teeth
(Logo atrás dos meus dentes)
Your anger, your anchor
(Sua raiva, sua âncora)
But I'll sail much further on
(Mas eu vou navegar muito mais além)
Paramore, Renegade.
Andy McKinnon dava muxoxos de raiva, a garotinha de cabelos coloridos delirava de ódio, balançando frequentemente os pequenos pezinhos. Ela odiara a Sonserina. Sempre respeitara a casa das serpentes pois achava que as pessoas que a habitavam eram muito mais que pessoas "riquinhas" e "mimadas". Era quase impossível de não se ouvir frequentes "meu pai vai me comprar tal vassoura" ou "minha mãe manda em tal área do ministério".
"Será que ninguém se importava com coisas mais importantes?" filosofava a garota.
–Este lugar está cheio de idiotas!-Ela diz em voz alta, mas sabia que ninguém escutaria.

Sarah Hortweek já havia a chingando um milhão de vezes, e em repetidas respostas, Andy mandava ela procurar um trasgo para namorar e a deixar em paz, temendo que caso ela atirasse um feitiço na garota, sofreria alguma consequência –o que na verdade, era óbvio-, como: ser expulsa ou ter que cumprir alguma atividade diária com Filch, o "zelador" da escola que sempre trazia com sigo, sua vassourinha e palavras "doces" e "amigáveis" para com os alunos.

"Parece que essas pessoas só estão aqui porque são sangue-puros!" exclamou ela mentalmente, agora fechando a cara para uma turma de estudantes do sexto ano, que conversavam animadamente sobre o que fariam no próximo fim de semana em Hogsmead, um povoado bruxo perto da escola.
Ela esperou eles virarem para a escada dos dormitórios, e finalmente gritou:
–Tudo bem! Eu não preciso de ninguém! Não quero amigos... não quero vocês como amigos!
E se dirigiu correndo para fora do Salão Comunal, antes que qualquer um deles pudessem verificar quem dissera palavras tão duras. A garota imaginava agora, que papel de ridícula fizera! É claro que queria amigos, mas em todo lugar que ía, acabava sempre sendo "a peça quebrada que não se encaixa".
Naquela manhã, na aula de Herbologia com a Corvinal e Sonserina, a professora Sprout deu para os seus alunos do primeiro ano, a tarefa de envasar um fungo chamado "Sambagus", que eriçava seus espinhos grossos toda vez que ouviam barulhos irritantes.
Dorothy Patil, prima de segundo grau das segundanistas da Corvinal e Grifinória, Padma e Parvati, estava na Sonserina, lançava à Andy olhares apressados. Ela era morena, olhos chamativos e verdes, um sorriso tão brilhante que fizera Andy se sentir envergonhada.
Ela se aproximou delicadamente e disse melódica:
–Olá.
–Oi.-Respondeu Andy, mais grossa do que o necessário.
–Gostaria de...sentar conosco no almoço?- perguntou Dorothy, apontando com o polegar um grupo gêmeas loiras, Sally e Halley Monrrew, e um garoto moreno com uma aparência depressiva, Mark Garriot.
–Ah...- hesitou -Pode ser.
Ela sorriu, e voltou para o seu lugar, conversando animadamente com os seus amigos.
–Tem certeza de que está escolhendo certo?- Andy ouviu uma voz lhe perguntar.
–O quê?-Pergunta a garota, para o menino , que reconhecera ser o garoto que estava lendo o livro de animagia.
– Eu perguntei se realmente fez a escolha certa.-Disse o Corvinal, revirando os olhos.

–Por quê...?- Perguntou Andy, tentando parecer displicente, fingindo envazar o seu Sambagus.
–Por que eles não são o que chamamos de "amigos".
–"Chamamos"? Você e quêm? Seu clube de nerds, da Corvinal?- Dispara a garota, sem pensar.
Ele corou , e disse irritado:
–Não, digo "chamamos", me referindo ás pessoas com cérebro! Amigos não fazem...
–E o que é que você sabe sobre amigos?!-Grita ela, deixando seu vaso quebrar-Por quê esta falando com uma "vaca punk", como eu, se você tem seus amigos de "verdade"?!
–Como você... Como você sabe?-Ele deixou escapar, surpreso.
–Adivinhe! Você pensa em voz alta, senhor "eu preciso agradar meu pai".
Ele congelou.
Mas...Quando você é cruel com alguém, o mínimo, é que esse alguém seje cruel com você também.
–Ah, é? Então deixa eu te contar que seu cabelo parece que vai explodir de tanto mudar de cor, você não consegue controlar as suas transformações, e é por isso que não está na Corvinal, a casa dos inteligentes! -ele olha com arrogância para ela mas tremendo por dentro, e completa -Pois é, parece que nós dois deixamos escapar algo.
Andy olha para os seus cabelos, e realmente, mudavam de cor com fúria, devido o descontrole emocional da garota.
"Metamorfomaga?" as pesoas perguntavam ao ouvir a barulheira da briga, e a professora Sprout apareceu entre os alunos. Ela repara nas mãos da garota com cabelos de "pisca-pisca", que estavam sangrando, havia apertado os Sambagus com tanta força,e gritara tão alto, que haviam espichado seus espinhos até onde alcançavam. O coração de Andy batia rápido.
A raiva foi tanta, que não conseguira sentir a dor. Mas isso é o acontece... na maioria das brigas que as pessoas tem.
Assustada, Sprout disse com simplicidade:
–Por danificar duas Sambagus propriedade da escola... detenção McKinnon, no sábado, e menos vinte pontos para a Sonserina.
"Agora... Por favor, vá até a ala hospitalar".
Andy olhava assustada para as caras de seus colegas de classe e Jase olha apreensivo para o seu sangue, e no fim, era só isso que esta garota era para os outros, irritante, encrenqueira, irritável facilmente... Ninguém conseguia enxergar mais nada além disso, por que internamente, ela não queria que ninguém a visse.
Ficou sentada na maca da enfermaria, balançando os pés novamente, como um tique.
"Até que não foi ruim, pulei duas aulas seguidas de poção com os babacas da Grifinória!", pensava ela, para se distrair da mão enfaixada.
Nesse meio tempo, observara os alunos atrapalhados que se encontravam lá. Ela revirava os olhos para uma menina que chorava, dizendo:
–Madame Pomfrey, me ajude! As minhas unhas foram roídas pelas larvas, na aula de trato de criaturas mágicas!
Como essas garotas podiam ser tão superficiais?
Também olhava o tempo todo para um garoto desastrado, na maca ao lado. Neville Longbotton visitava pela terceira vez a ala hospitalar, devido ao seu desastre em Feitiços, e agora tinha seu nariz derretendo do rosto.
Andy fecha os olhos.
Olhando para as pessoas com furúnculos de duração de três semanas no rosto, que coçavam até os olhos arderem, pessoas com braços e pernas quebradas, e outras com seus membros derretendo, tinha o menor dos problemas.
Mas por quê se sentia tão triste?
Porque essas pessoas recebiam visitas o dia inteiro, em intervalos de aula e até durante elas, clandestinamente. Não sabia o por quê, mas isso a incomodava profundamente, e ainda com os olhos fechados, ela pergunta a si própria, uma coisa na qual sua mãe já havia perguntado umas milhões de vezes:
"Porque era tão... Impulsiva?"
Respirou fundo.
Devia extravasar a sua raiva em outra coisa... E então, começou a cantar:
Blackbird
Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise.
Blackbird singing in the dead of the night
Take these sunken eyes and learn to see
–A letra era tão...fácil, e fluía como se fosse feita para ser usada naquela hora-.
All your life
You were only waiting for this moment to be free.
Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.
Blackbird fly, Blackbird fly
Into the light of the dark black night.
Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arive
You were only waiting for this moment to arive
–Era um formigamento gostoso, que a música trazia, e ela já se preparava para a última frase-.
You were only waiting for this moment to arive
Andy mais calma, abriu seus olhos azuis e percebeu que outros pares a olhavam. Olhos cinzas a encaravam pela porta, e então, desapareceram.
Andy se levantou correndo, e não viu ninguém. Será que andava vendo coisas?
No alto da escadaria, se dirigindo para as duas aulas com a Lufa-Lufa de Defesa Contra as Artes das Trevas, Jase, o Corvinal, se fazia perguntas: "Como aquela garota podia ser tão impossível?", "como alguém a atura?", "será que ela já tivera...amigos?", e se preparava mentalmente para uma aula, cuja qual o professor tinha fama de narcisista e espalhava Diabretes da Cornualha pela sala.
Na hora do almoço, o garoto loiro e faminto, descia com seus companheiros de casa.
–Eu adoro o professor Lockhart!-Disse uma garota de cabelos castanhos presos numa trança mal arrumada e nariz curvado.
–Não sei, tenho dúvidas perante a sua qualidade de ensino.- Argumentou sabiamente a amiga, de cabelos ruivos escuro, e sardas percorrendo seu queixo e nariz.
–Pare de ser chata, Wendy!
–E-eu acho que ele é um péssimo professor!- Interrompeu, Jase.
As duas garotas lhe olharam com uma cara de quem trazia uma enorme larva nas roupas, e foram embora.
Ele se sentou na mesa da Corvinal, e então se deu conta.
"E o quê você sabe, sobre amigos?"
E sentiu um extremo ódio de si, e da garota, por ter razão.
Ele então, procurou-a no meio das quatro mesas, e a encontrou lá, solitária na mesa da Sonserina. Um meio sorriso passou pelo seu rosto, no fim, os dois estavam no mesmo barco, não?
"Quem é o meu pai, para decidir com quem devo fazer amizades?" perguntou ele, para si, e andava decidido para a mesa do Sonserina. E deu um imenso sorriso, com orgulho das palavras que dissera. Sem conseguir pensar no que diria, ele caminhava alegre, finalmente com uma decisão que aliviara o peso de seus ombros... mas o loirinho nunca chegou na mesa da Sonserina.
Com todos os seus amigos, Dorothy Patil se apossou do lugar. Andy levantou uma das sobrancelhas, mas respondia em forma de educação toda vez que alguém do grupinho perguntava algo.
E assim, Jase Lupin, subiu as escadas, não sabia o que era, mas sabia que doía.Pela primeira vez, as respostas não estavam nos livros... e desde muitos anos planejando sua ida à Hogwarts, pensou em "matar" alguma aula.
As aulas que tivera, realmente não preencheram algo que o angustiava, e veja bem, para um garoto com o maior sonho do mundo de viajar para Hogwarts apenas para estudar,e planejar seu futuro, era muita coisa!
O que seria? Estaria ficando doente? Teria ele bebido uma poção de frustração, sem querer? Por que estava tão...irritado? As respostas não estavam em nenhum livro de poções e nem em mais nada! Derrubava frequentemente as poções, se perdia nas páginas dos livros, e não conseguiria compreender em nada as vagarosas citações que o professor Binns fazia. Nesta noite, ele apenas vira o luar e teve um ódio profundo, e mesmo fechando os olhos, a lua continuava lá...Em seus pensamentos. Ela parecia um único olho, abandonado e perdido entre mil e uma estrelas... E então ouviu um barulho, uma flecha havia invadido o seu dormitório!
Atravessando o grande corredor, Andy estava parada na frente do salão comunal da Grifinória... E por quê?
Por que tinha feito o pior acordo da história.


Notas finais do capítulo

Comente, e expresse sua opinião! O que estaria fazendo a nossa irritável Andy, e o que atravessara a janela de Jase?! Veja no próximo capítulo!
-No próximo, nosso narrador irá perseguir a querida Rose Granger e Matthew Parkinson!-

Sinopse/Trailer

[Notas iniciais do capítulo]:


Avril Lavigne- https://www.youtube.com/watch?v=uuNTO31FlY8

[AVISO]:
- Essa fanfic é uma fic de Harry Potter, então claramente, apenas os cincos personagens principais são de nossa autoria, todos os créditos são de J.J.Rowling!;
-Essa fanfic é feita em conjunto comigo, Giulia Saito (giuliaa.saito@gmail.com) e Bianca Hoss (Biancahoss@gmail.com);
-As músicas são de bandas conhecidas, e não são de nossa autoria, o link delas vai estar sempre em "notas iniciais".

Categoria da fanfic: Amizade, Banda, Romance e Novela.




Rock 'N' Roll
Let em know that we're still rock n' roll
–Como assim, fazer parte de uma banda?!
–Por favor, não estrague a felicidade desses
rostinhos de cachorro abandonado!

don't care about my makeup
I like it better with my jeans all ripped up
Don't know how to keep my mouth shut
You say so what (what)
WOW! Vai ser incrível!!!
Ufa...

I don' t care if I'm misfit
I like it better than the hipster bull shit
I am the mother fucking princess
You still love me
Não sei não, vai valer ponto?
–Claaaaaro que vai!

Some some how
It's a little different when
I'm with you
You know what I really am
All about
You know how it really goes
Só um instante... Você fica escutando todos
os quartos de Hogwarts?
–Humf, não sei de onde vocês tiram isso...

Some some way
We'll be getting out of this
Time one day
You're the only that I
Want with me
You know how the story goes

When it's you and me
We don't need no one to tell us who to be
We'll keep turning up the radio
– Horrível! Parem! Parem!

What if you and I
Just put up a middle finger to the sky
Let them know we're still rock 'n roll

Rock 'n roll
Hey, hey, hey
Rock 'n roll
Hey, hey, hey
Por que eu odeio ela?
–Por que eu sou um ornitorrinco malvado, duh.

Don't get a bad attitude dude
I'm never going to cover up that tattoo
I might have a couple issues
You say me too (yeah)
Sabe que não é por este lado, que se toca violão,
né?

Don't care about a reputation
Must be living in the wrong generation
This is your invitation
Let's get wasted

Some somehow
It's a little different
When I'm with you
You know who I really am
All about
You know how the story goes
Ele é muito perfeito, eu sou só...eu, ué!

When it's you and me
We don't need no one to tell us who to be
We'll keep turning up the radio
What if you and I
Just put up a middle finger to the sky
Let them know we're still rock 'n roll
Vocês são os novos deuses da música!

Rock 'n roll
Hey, hey, hey
Rock 'n roll
Hey, hey, hey
C'mon it's over
Rock 'n roll
Yeah yeah

When it's you and me
We don't need no one to tell us who to be
We'll keep turning up the radio
What if you and I
Just put up a middle finger to the sky
Let them know we're still rock 'n roll
BEM VINDOS À
ORNITORRINCOS
VS
UNICÓRNIOS

When it's you and me
We don't need no one to tell us who to be
We'll keep turning up the radio
What if you and I
Just put up a middle finger to the sky
Let them know we're still rock 'n roll
Uma aventura,
Uma guerra,
Um amor,
Um desespero,
Uma banda...

Rock 'n roll
Hey, hey, hey
Rock 'n roll
Hey, hey, hey
...Mas não menos por isso!
Esta é a casa perfeita pra você,
que não tem uma,
pelo fato de acreditar
que podemos ser
o que quisermos!

Capítulo 1-Onde Tudo Sempre Começa...


POVs Andy McKinnon-

Estava eu, entrando na plataforma mais polêmica do mundo bruxo, a plataforma nove e meia. Era divertido, e até empolgante pensar de que sairia um pouco daquela casa com clima pesado em que eu morava.
Minha mãe, Marlene, acha que o emprego é mais importante do que a família, então fica o tempo todo nele... o estranho é que a vejo chorando constantemente em seu quarto, então acho que não está feliz. Meu padrasto, Helías Malfoy, é o cara mais repugnantemente hipócrita que eu já havia visto! Eu sei que no fundo, minha mãe só se casou com ele por que, ele se aproveitou dela na época de escola. Minha mãe havia terminado recentemente seu namoro com meu pai verdadeiro (que ela não diz nada à respeito, então vá se saber quem era o infeliz) e ele, como precisava de uma sangue-puro qualquer para "orgulhar" a família, começou a pressiona-la... e agora estamos aqui.

Eu não me importaria com nada disso, se ela estivesse feliz, mas como você já sabe, nops.
Quando foi o casamento deles, ela se recusou de mudar o nome dela e me batizar como "Malfoy". O Helías ficou revoltadinho, mas nada faz minha mãe mudar de ideia no quesito “já decidi e pronto".

Na plataforma vejo várias figuras engraçadas, eu nunca pude sair de casa muitas vezes, já que minha mãe não gosta da ideia, então nunca vi muitos bruxos e bruxas. Eles são divertidíssimos e fico com inveja daquelas pessoas que podem sair o tempo todo, soltar feitiços entre amigos e jogar quadribol.

Me sento na minha cabine, depois de empurrar umas cinco mil vezes aquela mala, e ela cair quatro mil novecentas e noventa e nove vezes na minha cabeça, eu consegui enfia-la no bagageiro. Me vejo no reflexo da janela, olhos azuis vivos e um cabelo castanho chocolate ondulante cai sobre meus ombros. Mas eu não gosto disso.

Faço sardas aparecerem no meu rosto, apenas pensando "sardas ficariam legais", e mexas azuis claras se mesclam nas pontas de meu cabelos que ficaram mais curtos e bagunçados, e uma franja caí sobre um dos meus olhos... percebo também que agora eles ficaram mais destacados, e rapidamente faço o meio deles ficarem mais escuros, mais contidos, pois me lembravam alguém...acho que meu pai, e digo:

–Hey! Assim não ficou nada mal...-Tudo combinava com minhas roupas, calça jeans vinho rasgada, botas curtas e pesadas com um casaco grande com correntes, e luvas xadrez com vermelho.

–Uma metamorfomága ?-Perguntou uma voz arrastada, na porta de minha cabine.

Me viro rapidamente, e vejo um de meus "parentes". Draco Malfoy, e seus “amiguinhos”, estava no seu segundo ano e se achava o rei do mundo.

–Não?! Como você adivinhou?!-Eu disse, revirando os olhos.

–Se eu fosse você, não brincava com seu superior, McKinnon.

–Superior o caramba, se eu quisesse espancava só com uma varinha a cara dos seus "guarda-costas" aí"!-Eu disse, irritada, e meus cabelos ficaram vermelhos.

Ele olha meu cabelo mudando de cor, e ri.

–Oh... mas parece que nem sabe controlar suas transformações...

–Vaza da minha cabine, Malfoy. -Eu disse, com raiva.
–E o que vai fazer para me impedir?-Disse ele, chegando mais perto, mas mandando seus amigos (lê-se lacaios) virem atrás.

Eu andei mais perto, não tinha medo nenhum deles, e meu cabelo ficou completamente ruivo. Retirei minha varinha do bolço, e Crabbe tirou seu sorriso.

–Você não vai tentar...Você nem sabe usar feitiços!-Disse Malfoy, nervoso, encarando a varinha.

–Querido, anos trancada em casa, eu tinha que aprender alguma coisa... Bombarda Mínimus!-Disse, apontando para o trinco da cabine, queria apenas assustar.

BUM!

Os três saíram correndo, me deixando sozinha, dizendo "maluca"... acho que minha popularidade não vai ter boa porcentagem.

Minha varinha era ótima com feitiços de destruição... ela não era do Olivaras, era de um metal negro (27 cm, núcleo de essência de garra de hipogrifo) com uma única pedra vermelha com o formato de uma flecha, era estranho, mas fazer o que, não é? "A varinha que escolhe o bruxo..."
–Olá?-Disse um garoto, de repente.-Tem um lugar vago?
Ele tinha cabelos castanho claros, e olhos amêndoas... o que é quase a mesma coisa.
Eu mostrei os bancos vazios, e ele pareceu entender o recado.
–Ah!-Disse.
Ele se sentou, e seu instinto foi pegar um livro para ler. Eu revirei os olhos.
–Isso é matéria do quinto ano!
–Me desculpe, mas isso não é problema seu...-Disse ele, escondendo o livro.
Eu bufei, mas meus cabelos ficaram mais claros, ele não pareceu perceber, estava lendo o livro. Ufa.
Pude ler a capa de seu livro “Animagos”. Eu ri em silêncio, e pensei:
“Essas pessoas ainda pensam que vão aprender a se transformar em Hogwarts? Isso não passa de um mito...”
POVs Rose Anne Granger-
Andei por aquele corredor apinhado de gente. Longe de minha irmã.
Ela tinha ido procurar seus amigos. Não sei porque ela me deixou aqui sozinha! Eu também quero conhecer Harry Potter!
Mas, não entendo a Hermione,não entendo mesmo.
Entro em uma cabine vazia e observo a paisagem passar à medida que o Expresso começa a andar. Observo meu reflexo translúcido da janela. Olhos azuis, cabelos castanhos claros -mais claros que os de Hermione- e lisos... Eu era tão diferente de Hermione, mas ao mesmo tempo, tão igual à ela...
Peguei minha varinha que quase caía do bagageiro e a observei. Não tive tempo de fazer isso. Hermione me obrigou a ler todos os livros básicos do primeiro ano.
Ela era de carvalho claro, inflexível, trinta e dois (32) centímetros e núcleo de fibra de coração de dragão. Nada de especial na sua aparência física.
Assim como eu.
Eu só sei que fiquei sozinha na cabine, até algumas horas depois Hermione aparecer na porta, me chamado para ir ficar com ela, Rony e Harry.
Tenho certeza de que meus olhos brilharam mais que glitter na luz, neste exato momento. Eu só conhecia boatos. Eu só conhecia a lenda que ele era. Eu só conhecia Harry Potter de nome.
Quando entrei na cabine e vi aquele garoto me encarando, quase surtei. Mas eu era irmã de Hermione Granger, ela tinha me dado conselhos de como "não parecer alguém interessado em sua fama" e coisas do tipo.
– Então... - Ele disse. - Para qual casa quer ir?
– Grifinória ou Lufa-lufa.
Respondo automaticamente.
– O que tem contra a Corvinal? Acho que nem preciso perguntar da Sonserina...
– Bom... - Comecei. - A Corvinal... Bem, parece que vive com a "cara nos livros", em uma frase literal. Eu não sou assim, embora, sempre tenha um livro em mãos.
– Adivinha o porquê... - Sussurrou o ruivo. Claro. Só podia ser Rony Weasley.
– Mas... A Sonserina... Não tenho nada contra ela, além do fato de que o maior bruxo das trevas estudou em Hogwarts e na Sonserina, ou o fato que eles "só precisam de um pouco de mal no fundo de uma mente bem estruturada", em outra frase literal e... Ah esquece.-Olhei para duas caras confusas à minha frente. - Vou voltar para minha cabine. - Completei. Já saindo da cabine de Harry.
POVs Jase Lupin-
Estava tentando encontrar uma cabine vaga, era tão difícil, parecia que todas as pessoas da face da terra estavam dentro do trem.
Encontro então, uma cabine vaga, com uma garota ruiva, de olhos claros azuis... às vezes parecem amarelos... estranho. Mas ela aceita em me deixar sentar em sua cabine.
Ela é o próprio exemplo de que meu pai, Rouiz Lupin, me mandou ignorar.
Roupas pretas, estilo punk... Mas quem é meu pai, para generalizar alguém? Meu pai vive me dizendo “Não faça isso”, “Não confie”, “Não diga isso”, “Não haja assim”... E se eu generalizasse todos os pais, dizendo que todos são chatos e tediosos como tal?
Meu tio Remus, no entanto, diz apenas para não ter medo de fazer amizades e que elas são muito preciosas. Ele sempre foi mais poético, e tenho que dizer que ele é muito mais uma inpiração pra mim.
Não sei se serei amigo desta garota, mas acho que para agradar os dois, ficarei amigo, só que não de uma punk.
–Isso é matéria do quinto ano!-Ela diz abismada, quando começo a ler o meu livro.
Respondo um pouco grosso, mas esse é o único jeito que temos para afastar as pessoas de você. Não se pode simplesmente dizer “Por favor, não quero falar com você...”, caso você responda isso, elas vão perguntar pelo motivo e etc, etc.
Eu olho de relance para a garota de novo, e percebo seus cabelos estavam castanho com pontas azuis!
–V-você é Metamorfomága?!-Eu digo.
–Sim.-Ela olha com despreso pra mim, mas não posso deixar de me sentir surpreso com isso, hoje eles são muito raros, e meu livro fala exatamente sobre isso!
–Então... Você pode se trasformar em animais se quiser?!
–Posso.
–Mas...
Ela de repente se levanta e abre a porta.
–Onde você vai?-Deixo escapar.
–Sabe o que mais me incomoda?-Ela pergunta, os cabelos de volta pro vermelho-É que nem percebe que está fazendo isso! As pessoas geralmente olham pra mim com despreso, e depois quando veem esse “talento”, ficam empolgados...! Mas eu não sou um bixo de zoológico... e a propósito, não é da sua conta.
E com isso, fecha a porta.
–Touché...-Digo, ficando deprimido, e voltando a ler meu livro.
POVs Matthew Parkinson -
Afastei meus cabelos dos olhos e tentei me desvencilhar dos braços de Pansy, minha irmã, que me prendia ao banco da cabine.
– Aonde vai? - perguntou Draco, com um sorriso divertido no rosto. Droga. Agora que conseguia respirar?
– Idiota. - Sussurro.
– Se queria sair, Matt era só falar. - Disse Pansy. Ela deu de ombros e se sentou ao lado de Draco, já apoiando a cabeça em seu ombro. Revirei os olhos e abri a porta da cabine.
Não quero ser da Sonserina. Qualquer coisa, até Lufa-lufa, mas Sonserina não! Andei por cabines cheias e sem perceber, passei por uma vazia. Ao me dar conta, voltei sem me virar.
Então vi uma garota, cabeça apoiada na janela, livro equilibrado nos joelhos e os cabelos quase loiros escondendo seus olhos.
Ela colocou o cabelo para trás da orelha e pode ver seus olhos momentaneamente. Então notei uma outra garota vindo pelo corredor e decidi seguir meu caminho solitário.
Se bem que... O que custa ir lá?
Bati na porta da garota, que levantou os olhos para mim, e disse, abrindo ela:
– Posso?
– Claro, mas... Muito tarde para estar pegando cabines vazias para a viagem, não?
Ela riu. Uma risada doce e delicada.
– Sim, mas... Quem disse que estou procurando uma cabine vazia?
– Sente-se...
A garota fechou o livro e prendeu o cabelo em um coque perfeito, apenas com a varinha.
– Eu sou Matthew Parkinson.
A garota ficou meio confusa.
– Irmão de Pansy, não é?
Assenti com a cabeça.
– E você? - Perguntei.
– Rose Anne Granger.
– Irmã da Granger, obviamente.
Ela sorriu.
– Isso mesmo.
E então o silêncio recaiu sobre a cabine, enquanto só barulho da chuva recente prevalecia.
– Bom... Tenho que ir.
Saí da cabine da garota às pressas. Se Pansy ou Draco soubessem que falei com ela... Seria o fim do resto de sanidade que resta em minha família.
–Narrativa-
Quando o Expresso parou, e os alunos desceram, animados com a expectativa de um ótimo ano, Rose desceu do trem com suas malas e um gato persa branco em uma pequena "gaiola" para gatos. Pôs-se a procurar Matthew, mas logo desistiu. Caminhou tranquilamente até Hermione cutucar seu braço.
– As vestes estão longas, Rose, sussurrou.
– Então me ajude! - A outra disse, revirando os olhos.
Hermione encurtou as vestes da irmã em alguns centímetros e sorriu.
– Vai dar tudo certo.
Hermione abraçou a irmã e saiu para ser juntar à Rony e Harry.
[...]
A professora Minerva deu sua famosa explicação sobre as quatro casas, e que seriam mais do que tudo, sua família.
Vários alunos estavam nervosos, mais quatro em particular não conseguiam se conter de excitação. Ambos tinham uma vontade extrema de se provar, de mostrar ao mundo - e pessoas específicas- de que não haveria mais ninguém que traçaria o seu destino, além deles mesmos.
–Lupin, Jase.-Disse alto, a professora.
Jase tremia mais do que qualquer coisa, e talvez mais do que o professor Quirrel -um professor medroso de que ouvira falar, e que causou alguns problemas ano passado- não queria desapontar o seu pai em entrar em uma casa de "rebeldes", como Grifinória e Sonserina, temia ele, enquanto rumava ao banquinho.
"Vejo muita coragem... mas por que não a revela?-ele se indignou "que coragem?"- Bondade está no seu coração jovem, mas ainda não é o suficiente para uma certa casa... Definitivamente você não combinaria com Sonserina, e vejo que também não é isso que seu coração deseja. Mas... Oh! A inteligência é o fardo que temos que aprender a lidar, portanto..."
–Corvinal!
E o garoto se dirigiu para a sua mesa, com um sorriso de surpresa, e contente pelo chapéu tê-lo escutado.
– Granger, Rose.-Chamou Minerva, com sua voz tranquila.
A menina de cabelos castanhos claros caminhou um pouco nervosa até o banco, onde se sentou e logo estava com o
Chapéu na cabeça.
"Ora, Granger, não? Um caminho igual ao da irmã não seria tão legal, certo?" -a garota assentiu com a cabeça, uma mecha de cabelos claros caindo-lhe sobre o olho-.
De longe, avistou o garoto com quem falara antes. Ele desviou o olhar e o Chapéu continuou.
"Sua mente é um pouco confusa, mas posso ver que coragem não é muito 'seu forte'. Há inteligência, e quase nada de ambição. O que predomina é a lealdade com que lida as amizades..."
– Lufa-lufa! - Disse animado.
A garota caminhou sorrindo até a mesa e se sentou, olhando para ver quem seria o próximo.
Ficou observando até que prestou atenção em alguém em potencial, aquele garoto Matthew por fim, não saíra de sua cabeça, mas ele fora varrido pela visão de uma garota um pouco... peculiar.
–McKinnon, Andy.
Andy, infeliz, arrastou-se para o banquinho com o chapéu maquiavélico -pelo menos, era o que ela imaginava-.
Ela se perguntava o por quê da divisão de alunos, pessoas não tem apenas uma personalidade, então por quê casas para escolher só uma e achar que só tem uma escolha em específico?

"Vejo muita coragem... Uma habilidade de respostas rápidas muito grande, e ainda uma lealdade sem igual! Mas... também vejo uma vontade de dizer o contrário do que eu disse. Se este é o desejo de seu coração... A astúcia é um dos talentos que muitos não tem, mas que permite enxergar melhor no além, que é os sentimentos..."
–Sonserina!
Andy estava em choque ainda, seus cabelos azuis passaram para um roxo feroz e intenso como um fogo gelado - se é que existe-, podia não ser a melhor casa do mundo, mas... não era Lufa-Lufa, né?
E por um segundo, a espinha de Rose passou por um arrepio, ainda bem que não estava em sua casa aquela garota, e Jase não podia crer como esse mundo poderia ser tão certo, seus pelos se arrepiaram só de pensar que conversara com uma sonserina.
– Parkinson, Matthew.-Chamou a professora.
O garoto caminhou determinado.
"Vejo... coragem, muita coragem, muita bondade... uma forma de se provar para sua família? A coragem é um dom que nos permite fazer as decisões mais difíceis, o que é fácil, e o que é certo..."
– Grifinória!
O garoto sorriu e caminhou à mesa cheia de palmas e gritos de alegria. Então, Dumbledore fez um breve discurso e a comida foi servida.
Ao lado das pontuações das Casas, contas brilhantes com as respectivas cores apareceram, marcando o início da Competição das Casas.
Todos estavam felizes. Rose ria na mesa cheia de lufanos, com as narrações de jogos de Quadribol e como era a Sala Comunal, Matthew tentava não ser antissocial, mas não respondia as pessoas olhando-as nos olhos, Jase estava animado para conversar sobre muita coisa, mas neste momento, só queria fugir para o andar de cima e começar a ler o último capítulo de seu livro, Andy por fim, deitava-se na sua cama, e cantava uma canção... Isso não seria estranho se um professor não estivesse ouvindo tudo à porta.